Ontem eu pretendia sair para dançar, mas fui ao cinema... Na verdade ... ia ficar em casa me lamentando a falta de um amor, mas a vontade de comer chocolate foi maior e ir ao cinema foi uma consequencia, pois eu já estava lá no shopping. Queria assistir Vingadores, mas o excesso de adolescentes e a falta de bons lugares no cinema me empurraram para a opção diponÃvel. Foi uma agradável surpresa a troca do rumo das coisas que não planejei.
Bom ... o filme não é lá grande coisa, um romance água com açúcar, igual a tantos outros que já vi por diversão. Não o enredo do filme me surpreendeu, mas o efeito de seu simbolismo. A história de um homem condenado a cumprir o legado de sua famÃlia se salva do destino ao encontrar uma imagem ... que ele resolve presentificar para reconstruir a si mesmo depois de toda a destruição vivenciada na guerra real à qual se submete para construir a si próprio. Ela uma mulher forte, mas fragilizada pela dor dos amores perdidos, destroi tudo para poder se reconstruir depois da guerra cotidiana de sobreviver a si mesma e à s suas decepções.
Simbolicamente destruÃmos o que e a quem para sobrevivermos a nós mesmos? Essa é uma pergunta que surgiu de pronto ... Tentamos nos agarrar à s imagens salvadoras, mas elas não são mais do que reflexos tortos e mal acabados de nossas fantasias de perfeição. As pessoas são como são? Eu sou como sou ou me reflito torta na imagem de perfeição daqueles a quem me mostro? Que imagem torta de mim reflete na imaginação daqueles a quem encanto?
Ultimamente a minha imagem redentora se parece com um porto seguro de solidez ... mas e se estável for monótono? Minha inconstância não me permite quietude (rs) ... e de novo, em guerra, borro as possibilidades de refazimento da vida. A guerra cotidiana de sobreviver a mim mesma e à s minhas decepções me toma e opto por não querer ... destruo para reconstruir ... e como no filme ... a tempestade arranca as certezas e borra as imagens, levando com a água as mágoas e dores para a reconstrução do amor em perfeição. E novamente me pergunto ... será você a imagem redentora do amor ou mais uma guerra na construção do inatingÃvel? A sorte está lançada ...
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